O mundo está assim. Na televisão, já não passam notícias que nos deixam com um sorriso. É “local do crime” para aqui, “um morto” para ali, “tiroteio” no bairro tal e o nosso cérebro vê-se afogado em tragédias. Será que tem a ver com a infância de cada um? Com os princípios transmitidos em cada família? E os nossos amigos, levam-nos sempre para o melhor caminho? Mas somos nós que escolhemos os amigos… Então, a culpa é sempre nossa?! Durante a vida temos de lutar e o combate “influências vs personalidade” não é fácil e já não há quem ganhe por KO. Actualmente todos querem subir na vida e são capazes de usar os que mais amam para serem as escadas até ao topo.

Esta foi a conclusão a que cheguei quando soube do homicídio de Carlos Castro. Este tipo de relação é um exemplo de má companhia, não no sentido de termos alguém que incentiva outro a fumar ou a “mergulhar” no mundo das drogas. É uma má companhia, não só pelas más consequências provocadas em cada um dos intervenientes, mas também pela essência da própria relação. Não foi a amizade ou o amor que uniu este casal, mas sim o interesse e a desmesurada ambição de ascensão social e de construção de uma carreira… Só que a relação, como não tinha o melhor suporte, acabou por ter uma queda, que provocou uma morte e a ruína da vida de um jovem, que podia estar cheio de sucesso e deitou tudo a perder.

Lição de vida?! Bem ou mal, temos de pensar por nós. Ninguém é perfeito, mas menos perfeitos são aqueles que não sendo fiéis a si mesmos, servem-se de outros para conseguir o que querem.

Leonor